CANTINA ROMANESE ESPUMANTE GIOVANNI
Desenvolvido em uma fortaleza romana, é um espumante repleto de personalidade e história, associado a uma abordagem jovem e inovadora da produção vitivinícola de Trentodoc
MELHOR CUSTO/BENEFÍCIO
QuantidadeProveniente de uma pequena parcela a 700 metros acima do nível do mar, no coração do Vale Mocheni, Giovanni é um espumante obtido a partir da pouco conhecida uva Johanniter, uma casta muito resistente que, portanto, não precisa de muita intervenção.
Embora especializada na produção de vinhos submersos, este espumante da Cantina Romanese não passa pelo processo de maturação sob as águas do Lago Levico, mas segue o método familiar. Refermentado em garrafa, dispõe as leveduras em suspensão para permitir o máximo desfrute do vinho.
O rótulo é dedicado ao Tio Giovanni, lembrado por sua alegria e paixão pela música. Nos encontros de família durante o verão ele sempre sacava o violão para tocar. Foi assim que veio a ideia de se colocar o desenho em baixo-relevo de Tio Giovanni, desenvolvido pela designer Michela Fruet.
Com apenas 1.270 garrafas produzidas, esta safra de 2022 exibe coloração amarelo-escuro, um tanto alaranjada, como um suco de laranja, bastante turvo, com muitas borras aparentes (o vinho não é filtrado).
No nariz traz aromas de fruta amarela, muito fermento, leve toque de brioche e de caju e lembrança de leite fermentado.
Sua boca apresenta novamente a levedura, mas com uma acidez cítrica bem equilibrada, leve amargor, salinidade e um bom corpo para harmonização.
Indicado para acompanhar antepastos, saladas e demais preparos frios. Vai bem com queijos e nuts, mas recomendamos pareá-lo com caponata de berinjela ou de abobrinha.
Viticultura de montanha. Assim pode ser definido o trabalho da Vinícola Romanese, que leva o sobrenome dos jovens irmãos enólogos Andrea e Giorgio. Mas as vinhas neste vale de Valsugana, em Trentino Alto-Adige, já eram cultivadas na época do Império Romano.
Ainda com Trentino sob domínio austro-húngaro, no final do século XIX, foi construído o Forte delle Benne para defender a área do então Reino da Itália. No final da Primeira Guerra Mundial, o forte foi conquistado pelo exército italiano e depois abandonado, até se tornar uma estrutura histórica em 2014, palco de exposições, apresentações teatrais, eventos, visitas guiadas e, claro, degustações de vinhos.
O período de maior sucesso e notoriedade da viticultura no vale ocorreu entre os anos 1800 e 1900. Paradoxalmente, após este período, a anexação de Trentino à Itália levou quase à extinção das vinhas. Os vinhedos foram recuperados nos últimos 20 anos, graças aos esforços, em grande parte, dos Romanese que, em 2009, fundaram a vinícola relançando vinhas autóctones e não autóctones, mas, sobretudo, explorando as condições climáticas muito particulares, propícias ao cultivo de espumantes.
Localizados a 600 metros de altitude, no sopé da cadeia Lagorai, em uma paisagem verdadeiramente deslumbrante, as vinhas sobem ao longo das estruturas horizontais da típica "pérgula trentina", especialmente concebida para solos inclinados. Além do método clássico de viticultura, Romanese é especializado em vinhos envelhecidos debaixo das águas do Lago Levico.