Sobre o produto

A Campânia sempre representou um dos mais importantes centros de desenvolvimento e evolução do vinho: um dos territórios mais fascinantes e interessantes é certamente o dos Campi Flegrei.

Para melhor compreender a importância e o valor acrescentado que os vinhos ali produzidos têm, precisamos recuar a meados do século XIX.

Durante esse período, os vinhedos italianos e europeus foram amplamente danificados por um inseto, a filoxera, vindo da América do Norte.

Este parasita ataca e destrói as raízes das videiras, mas poupa algumas espécies de videiras americanas. Após estudos e pesquisas, chegaram à conclusão de enxertar as raízes das videiras locais nas da videira americana, que é imune ao ataque do pulgão.

Assim, as vinhas foram salvas, mesmo que a técnica de enxertia já tenha inevitavelmente levado ou vá levar a uma variação genética na videira.

A singularidade deste terroir manifesta-se ainda hoje na sua originalidade dada por 3.000 anos de vinhas não enxertadas ainda em atividade.

Os varietais de Piedirosso são encorpados com uma mineralidade sutil devido aos seus solos vulcânicos.

Também chamadas de Per’e Palummo no dialeto napolitano, essas uvas de uma cor roxo profundo têm um nome incomum, que significa “pés vermelhos”, uma vez que parte inferior da videira se apresenta com essa coloração.

Em taça, apresenta uma cor rubi com reflexos violáceos, bem límpido. Ao início, os aromas um pouco apagados dão lugar a um suave bouquet frutado.

Em boca cresce. Oferece uma certa austeridade, com uma mineralidade que remete a Bordeaux, porém com um lado mais ferroso, típico da Toscana, do que o esperado grafite dos vinhos bordaleses.

Um vinho que ganha presença aos poucos. Ora traz frutas vermelhas, ora apresenta lado citrico de romã não madura. Muito interessante.

É uma ótima opção para harmonizar com embutidos ou com um hambúrguer.